ESCOLA
PROFISSIONAL DE BEBERIBE ZULEIDE GOMES MONTEIRO
Bairro de
Beberibe
Escola
Profissionalizante da Prefeitura da Cidade do Recife
Sustentabilidade/Empreendedorismo
Projeto Pedagógico da Escola Profissional de Beberibe
Zuleide Gomes Monteiro.
Recife
Setembro
2012
Nomes
dos professores
Eurídice
Correia da Silva Alves
Maria
de Fátima da Silva
Ângela
Márcia C. Paes Santos
Nanci
Firmino Lopes
Fabiana
Silva Barboza dos Santos
Leda
Maria da Silva Araújo
Maria
Aurecir dos Santos Silva
Rogger
Ribeiro de Araújo
Quiolando
Soares Pinto
Zoelaine
Cristina dos Santos Silva
Lindalva
da Costa
Elias
Santana
Luciana
Gomes
Eliane
Oliveira
Marta
Francisca de Oliveira
Maria
Antonia
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO
2
JUSTIFICATIVA
3
OBJETIVOS
4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5
METODOLOGIA
6
CRONOGRAMA
7
PRODUTOS FINAIS
8
RESULTADOS ESPERADOS
10
REFERÊNCIAS INICIAIS
1 INTRODUÇÃO
Partindo do princípio que a Ed.
Ambiental é o processo pelo qual os
indivíduos e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, conservação do meio ambiente, e em de uso comum do povo essencial
a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Seg. art 1° Lei 9795/99.
A principal função da proposta de
trabalho aqui apresentado com o tema Meio Ambiente é contribuir para a formação
de cidadãos conscientes, aptos a decidirem e atuarem na realidade sócio-ambiental
de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade,
local e global.
Para atingirmos
esses objetivos, mais do que trabalhar com informações e conceitos, é preciso
que a escola trabalhe também com a formação de valores e atitudes.
Nessa
perspectiva, a Escola elaborou seu
projeto “Empreendedorismo/Sustentabilidade” que tem como objetivo despertar os
alunos para que possam, não apenas agir corretamente no processo de preservação
do meio ambiente, como também colaborar com o despertar dessa consciência junto
às suas famílias e à comunidade.
2 JUSTIFICATIVA
Esse projeto surgiu a partir das experiências
vividas e análise da realidade de que precisávamos tomar iniciativa e
desenvolver ações que possam diminuir os danos a natureza causados pelo homem.
O referido projeto justifica-se por objetivos
apresentar as dimensões da Ed. Ambiental e da Educação para o desenvolvimento
sustentável, em abordagem interdisciplinar, como inst. Para uma sociedade
sustentável partindo da escola na perspectiva de busca de uma Ed. Ambiental
direcionar as pessoas de todas as idades e níveis sociais devendo ser garantido
pelos setores de educação formal e informal, devendo abranger todas as
dimensões da vida humana, assim para que o desenvolvimento possa ser
considerado sustentável é preciso o reconhecimento valorizado, buscando
desenvolvimento as potencialidades locais, regionais e globais, respeitando as
diversidades de cada povo e especificamente da comunidade que a escola está
inserida. também pela necessidade de se estimular a aproximação da família com
a escola e por conseqüência sua tão importante participação no processo de
conscientizar as futuras gerações.
Assim, o empreendedorismo e a sustentabilidade vêm
ao encontro dessas necessidades sendo considerados cada vez mais urgentes e
importantes para a sociedade, pois o futuro da humanidade depende das relações
estabelecidas e acredito que a escola é o local onde podemos despertar nossos
alunos para ingressar no mercado de trabalho capacitados e conscientes de que
estão fazendo algo novo e concretizar projetos de vida.
Com isso, buscamos transformar nossas atitudes
em ações sustentáveis e empreendedoras, vislumbrando alunos comprometidos com
suas próprias vidas e com a vida da comunidade, ambiente, ao qual estão
inseridos. Com o conhecimento, diálogo, reflexão e nossas ações, plantam
sementes, que irá gerar bons frutos e com certeza podem gerar mudanças
maravilhosas.
3 OBJETIVOS
GERAL
Formar cidadãos capazes de compreender os desafios socioambientais
e que se mobilizem pessoal, coletiva e profissionalmente para a construção de
uma sociedade sustentável.
ESPECÍFICOS
Refletir sobre
a forma de pensar e de se relacionar com a natureza;
Reconhecer que existe um
novo modo de viver, produzir, distribuir bens e de consumir;
Conceituar termos como
ecologia, preservação, conservação, sustentabilidade, globalização,
desertificação, desmatamento, poluição...
Criar uma nova cultura no
ambiente, voltada para a melhoria da qualidade de vida da comunidade escolar e
do seu entorno;
Romper com uma visão
antropocêntrica em que o homem se coloca acima, fora e contra a natureza;
Assumir compromisso com as
gerações futuras;
Educar para a paz, para os
direitos humanos e justiça social;
Conhecer as agendas
ambientais estabelecidas em fóruns locais e mundiais;
Incentivar e apoiar o
protagonismo estudantil em ações no campo social e ambiental;
Identificar problemas socioambientais
partindo da realidade local;
Analisar problemas
socioambientais locais como parte integrante do contexto mundial;
Acompanhar a implantação
das práticas sustentáveis.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Durante toda a vida nós, seres humanos, nos beneficiamos do
Meio Ambiente sem preocupação de preservar os recursos que ele nos oferece;
devido a esse uso indiscriminado muito já foi destruído causando sérios danos e
diminuindo a qualidade de vida do ser humano, faz-se necessário, então, que diversos segmentos da sociedade, entre
eles a comunidade escolar, proponham novos caminhos que leve a uma nova relação
com o meio ambiente.
Historicamente, com a evolução da raça humana,
notaram-se importantes avanços na tecnologia das ferramentas, o rápido
crescimento demográfico, o agrupamento social em habitações e o surgimento das
artes: o período cultural chamado Paleolítico Superior havia começado.
Certamente, os humanos de então já haviam dominado a linguagem. Com o
crescimento demográfico e, a partir da origem dos modernos seres humanos,
inicia-se o processo de colonização de novos territórios.
As formas como os povos alcançaram esses
territórios e desenvolveram suas características regionais são muito
controvertidas, contudo, o impacto humano sobre o meio ambiente é fato para
todos os estudiosos do tema. O retrato do meio ambiente produzido pelos humanos
depende de variáveis históricas, como o modo de produção, a estrutura de
classes, os recursos tecnológicos e a cultura de cada sociedade ao longo do
tempo. Os diferentes modos de produção surgidos ao longo da história
sempre consideraram a questão de onde retirar matéria-prima como tendo uma
única resposta: a natureza. Acreditavam que os recursos naturais existentes
eram inacabáveis. Essa forma de pensar passou por diversas sociedades ao longo
dos tempos e permanece em nossa concepção, causando danos irreversíveis à
natureza.
A ação da espécie humana sobre o meio ambiente
tem uma característica qualitativa única: possui um enorme potencial
desequilibrador, contudo, suas mudanças
nem sempre são assimiláveis pelos ecossistemas, ameaçando assim a permanência
dos sistemas naturais.
São quatro os fatores levantados por Lago e
Pádua para isso:
1) Maior poder de raciocínio;
2) Capacidade técnica;
3) Densidade populacional;
4) Satisfação das necessidades.
A
atuação do homem sobre o meio ambiente tem como finalidade, não apenas a sua
reprodução física, mas, principalmente a satisfação de necessidades socialmente
fabricadas. Daí o quarto ponto ser mais relevante segundo os autores acima
citados.
As necessidades geradas no âmbito do social surgem com o crescimento da
complexidade socioeconômica e cultural de cada sociedade. Esse aspecto é o que
diferencia qualitativamente a ação humana sobre o ambiente: ela é socialmente
determinada.
As comunidades humanas primitivas retiravam da
natureza praticamente apenas o necessário à sua reprodução. Além disso,
utilizavam-se basicamente de recursos renováveis através da coleta, da caça e
da lavoura em pequena escala. Desta forma, deixavam intactas as bases do
funcionamento dos ecossistemas.
As sociedades pré-capitalistas mais
desenvolvidas (ex: as da antiguidade clássica) não comprometiam de forma
generalizada o equilíbrio do meio ambiente, pois possuíam um pequeno
desenvolvimento produtivo e populacional, embora já tivessem um significativo
avanço urbano e comercial. Os impactos ambientais eram locais e pequenos.
Na Idade Média, a ruralização da economia não
ameaçava a sobrevivência dos sistemas naturais. Há registros de desflorestamento
e poluição do ar devido às fundições e à queima de carvão.
A Revolução Industrial, ocorrida nos séculos
XVIII e XIX, estabelece a necessidade social da expansão permanente do mercado,
como forma de garantir a acumulação de capital que realimenta a economia
capitalista. Foi a partir desta época que se começou a consumir aceleradamente
os recursos naturais não renováveis, como os minérios e combustíveis fósseis.
Os recursos naturais (animais e vegetais) continuaram a ser muito explorados,
surgindo a contínua extinção de espécies. Outros recursos passam a ser
ameaçados em grande escala pela primeira vez, como o ar, o solo e a água.
Surgem novos tipos de poluição: a sonora, a térmica, a visual e a
radioativa.
A concepção de crescimento ilimitado é gerado
neste contexto histórico, influenciando países de diferentes orientações
políticas e ideológicas. O Estado também não se mostrou mais sensível à questão
do meio ambiente nos países em que houve estatização e extinção da liberdade de
expressão.
No século XX, surge a figura da
"obsolescência planejada", em que incentiva o consumo constante das
inovações tecnológicas que surgem a cada instante. Esse conceito se expande
também para o nível cultural, causando mudanças nos costumes como mais uma forma
de incentivo do consumo.
A questão tecnológica apresenta-se também como
outro fator importante na questão ambiental. A tecnologia é o reflexo do modelo
socioeconômico e se desenvolve segundo os seus princípios. Neste sentido, as
soluções tecnológicas produzidas no contexto de crescimento ilimitado também
geram problemas para a sobrevivência dos sistemas naturais.
Vemos, portanto, que há uma relação
profundamente estreita entre o ser humano e o meio ambiente. O primeiro tem a
capacidade de alterar o segundo e ao longo da sua história tem feito valer esse
seu poder; ora construindo obras maravilhosas, ora produzindo modificações que,
se no momento não lhe causar dano algum, no futuro próximo ou distante trarão
sofrimentos as futuras gerações.
É relevante que pensemos e repensemos sobre as
nossas ações no meio ambiente, desmistificando desde já a concepção de que meio
ambiente é a mata e os animais longe de nós. Meio ambiente é tudo. É a nossa
vida, é a realidade presente e distante de nós. Portanto, preservação da vida
começa dentro de nós.
5 METODOLOGIA
Para realização desse projeto propomos uma metodologia que
parta de uma concepção crítica-reflexiva ou filosófica e verdadeira, conforme o
pensamento de Marilena Chaui:
“Para a atitude crítica ou filosófica, a verdade nasce
da decisão e da deliberação de encontrá-la, da consciência da ignorância, do
espanto, da admiração e do desejo de saber. Nessa busca, a filosofia é herdeira
de três grandes concepções da verdade: a do ver-perceber, a do falar-dizer e do
crer-confiar”. (Chaui, 2012, p. 121)
Assim, acreditando que podemos modificar a realidade a
partir da decisão de encontrarmos a verdade, conscientes das nossas limitações,
mas desejosos de aprender, sugerimos algumas ações que devem ser adaptadas à
realidade e a autonomia dos indivíduos envolvidos no processo de construção do
seu próprio saber.
1. Análise da realidade ambiental na comunidade na qual
a escola/estudante está inserida feita por meio de pesquisas de campo,
entrevistas e coletas de dados pelos próprios alunos com moradores do bairro.
Vários
problemas serão identificados, entre eles a questão dos resíduos sólidos: lixo. Para trabalhar uma questão como
essa, a escola deve mobilizar diversas estratégias, dentre elas, envolver os
alunos em leituras de bibliografias específicas, promovendo em seguida debates
para que se estabeleçam as relações entre esses dois universos: o que se lê e o que se vê refletindo no
dia-a-dia, nas atitudes de cada cidadão.
2. Promoção de palestras envolvendo especialistas de outras
secretarias. Os alunos participarão, não só como ouvintes, mas também envolvendo-se
em dinâmicas que possibilitarão uma interação entre palestrante e alunos, bem
como uma reflexão sobre o assunto discutido.
Outras
questões podem ser analisadas e modificadas, como o desperdício dos recursos
naturais, água, energia elétrica, papel, vidro e demais materiais recicláveis
que hoje têm alternativas de utilização a partir da transformação dos mesmos.
Para desenvolver essas questões, o enfoque dado deverá ser
interdisciplinar, percebendo-se o ambiente como um tema transversal que
permeia as várias disciplinas.
3.
Visitação a Escola Ambiental Águas do Capibaribe (Catamarã) e/ou outras
organizações sociais que apresentem ações relacionadas à preservação do meio
ambiente.
4.
Pesquisa na internet, bem como, utilização de outros recursos tecnológicos na
construção de novos saberes propostos neste projeto.
No desenvolvimento dessa estratégia é
pertinente a pesquisa, audição, reflexão e possíveis releituras da obra de Luiz
Gonzaga acerca do meio ambiente, do
Nordeste, do nordestino e dos problemas socioambientais que castigam a
sociedade sertaneja.
A
projeção de filme faz-se necessário como instrumento que dinamiza e promove
melhor entendimento sobre essa temática.
É também proposta da Escola trabalhar com
correspondências e/ou e-mails, para
troca de experiências relacionadas aos temas propostos, bem como criar
situações que possibilitem a criação de um “livro virtual”.
5. Construção
de uma agenda ambiental onde o estudante se comprometa com a execução de ações
cabíveis a todos enquanto cidadãos.
6 CRONOGRAMA
É necessário indicar o
cronograma de realização do trabalho, o que dependerá do tempo disponível para
a realização da pesquisa. A mesma deve ser dividida em partes, com previsão do
tempo necessário para passar de uma fase a outra. Algumas partes podem ser
executadas simultaneamente enquanto outras dependem das fases anteriores.
Assim, o cronograma visa distribuir o tempo total disponível para a realização
da pesquisa, incluindo nesta divisão a elaboração do relatório final.
ETAPAS
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Julho
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Agosto
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Setembro
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Levantamento bibliográfico
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Fichamento de textos
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Coleta de
fontes
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Análise de
fontes
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Organização / Aplica-ção da
fonte escolhida
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Tabulação de
dados
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Organização do roteiro
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Redação do trabalho
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Apresentação em seminários
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Culminância
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(Obs.: Poderão ser acrescentados ou
suprimidos itens, de acordo com o propósito de cada pesquisa)
7.
Produtos Finais
Luminárias
Sabão
Receitas
C/ Material reaproveitável
Vassouras
de garrafas pet
Lixeiras
ecológicas e trabalhar cidades ecológicas
Brinquedoteca
com materiais recicláveis
Ecoturismo
Canos
para horta vertical
8 RESULTADOS ESPERADOS
Conscientização dos alunos e da
comunidade no processo de atuação através da teoria e prática, pensando no bem
estar, na sustentabilidade e na formação de alunos para desenvolver ações
empreendedoras, visualizando um futuro diferente.
9 REFERÊNCIAS
INICIAIS
CHIRAS, D.D., New
Visions of Life: Evolution of a Living Planet. I: Environmental
Science: Action for a Sustainable Future. 3º Edition. Benjamim Cummings
Publishing. Cap: 02.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São
Paulo: Editora Ática, 2012.
DARWIN, Charles. A Origem das Espécies. São
Paulo: Ed. Hemus, 1981.
HAECKEL, E. A Origem do Homem. São Paulo,
1982.
LAGO, A. e PÁDUA, J. A. O Que é Ecologia. 7º
Edição. São Paulo: Ed. Brasiliense,
1988.
O Homem e o Meio Ambiente. karinajd.sites.uol.com